terça-feira, 25 de novembro de 2014

Postsgem nº9: Reabilitação de usuários


      A reabilitação de drogas se constitui de tratamentos médicos ou psicoterapêuticos para dependência de substâncias psicoativas como álcool, drogas prescritas ou drogas de uso recreativo. O intuito da reabilitação é capacitar os pacientes a parar com o uso abusivo dessas substâncias para que os danos psicológicos ,legais, financeiros, sociais e físicas causadas por esse abuso possam ser contidos ou evitados.
      Pesquisas científicas desde 1970 mostram que um tratamento eficaz para dependentes aborda as múltiplas necessidades do paciente, não somente a toxicodependência em si. A destoxificação assistida por medicamentos, por exemplo, sozinha, dificilmente é capaz de curar uma pessoa do vício das drogas. É recomendada a terapia comportamental e prevenção de recaída. Serviços de saúde mental e sistemas de apoio da família e comunidade também são essenciais. Mas, independente do método, a motivação do paciente também é essencial.
      Os tipos de terapia comportamental normalmente utilizaados são:
      Terapia cognitivo-comportamental, que consiste em ajudar o paciente a reconhecer, evitar e lidar com situações nas quais ele mais estará provável a ter recaídas.
      Terapia  familiar multidimensional, usada para ajudar na recuperação do paciente por melhora no funcionamento familiar
      Entrevista motivacional, usada para aumentar a motivação do paciente para mudar de comportamento e se tratar
      Incentivos motivacionais, que usam mecanismos para encorajar a abstinência.

      Existem ainda, métodos farmacológicos para tratar dependência, como o uso de metadona, um opioide sintético, mas com menos efeitos de euforia e menos agressivo, que é usado em terapias de substituição, que visam o controle da compulsão do uso da droga e permitem um conforto maior durante a abstinência. Existem ainda drogas, como Disulfiram, que causam reações desagradáveis no paciente ao consumir a droga alvo da terapia.

      9 comentários:

      1. Todo o contexto da reabilitação de um dependente químico deve trabalhar sobre dois objetivos principais. O primeiro objetivo é minimizar ao máximo os efeitos negativos que a droga causou e ainda está causando no organismo. O segundo efeito, e, talvez, o mais importante, é trabalhar para que o dependente não tenha uma recaída (as substâncias químicas das drogas provocam interferências no sistema nervoso central, principalmente nos neurotransmissores, o que torna a recuperação difícil e a recaída extremamente fácil), e que a experiência não se torne algo tão traumático quanto o próprio uso da droga. Os benefícios que uma reabilitação feita corretamente ultrapassa os limites individuais do paciente. A dependência química tende a afetar a família como um todo. Filhos de dependentes químicos têm um risco aumentado para o desenvolvimento da dependência química, bem como para transtornos psiquiátricos, quando comparados com outras crianças. Logicamente, seguindo-se o caminho inverso, impedir que a dependência ocorra e tratar os já dependentes constitui uma ação que impactará em vários níveis. Paralelo a isso, há a necessidade de um serviço especializado de prevenção seletiva, dirigido a crianças, adolescentes e familiares afetados pela dependência química, uma vez que filhos de dependentes químicos representam um grupo de risco para o desenvolvimento de problemas biopsicossociais.
        Fontes: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832004000200001&lang=pt

        ResponderExcluir
      2. A reabilitação é um processo complexo em que muitos fatores devem ser considerados. O estudo citado na fonte se aplica apenas a pacientes tabagistas, entretanto, levando em conta que o tema é o mesmo da postagem (processo de reabilitação), podemos usá-lo como base de comparação a outras drogas. A postagem afirma que a destoxificação assistida por medicamentos não consegue, por si só, livrar a pessoa do vício das drogas. Isso ocorre porque, quando uma dependência se instala, ela muito dificilmente será só de caráter físico, sendo quase sempre essencial tratar também o psicológico. Por outro lado, não é possível também a conduta inversa (pois a dependência física torna o processo de abstinência muito mais difícil, mesmo para aqueles com a maior assistência psicológica possível). O estudo mostrou que, em comparação a grupos controle, a farmacoterapia (tratamento da dependência física) aumentou a chance de abstinência em 2 vezes e as intervenções psicossociais face a face ou por telefone (tratamento da dependência psicológica) em 1,5 a 2,5 vezes. Ou seja, as duas são quase que igualmente eficazes, e tendo em vista que nada impede que sejam usadas em conjunto, elas devem ser simultâneas em grande parte dos casos.

        Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-294X2008000200005&script=sci_arttext

        ResponderExcluir
      3. O tratamento citado no texto se faz necessário junto com políticas públicas que visem diminuir a epidemia de viciados. Na atualidade, a constatação de que o uso de álcool e outras drogas tomou a proporção de um grave problema de saúde pública, no Brasil e no mundo, se deu pela comprovação da relação entre o consumo dessas substâncias e os agravos sociais que dele decorrem ou que o reforçam. O enfrentamento dessa problemática constituiu-se em uma demanda mundial, uma vez que a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 10% das populações dos centros urbanos do mundo faz uso abusivo de substâncias psicoativas, independentemente da idade, sexo, nível de escolaridade e classe social. No Brasil, o último levantamento domiciliar realizado nas 108 maiores cidades do país, evidenciou que o uso na vida de álcool foi de 74,6%, sendo que 12,3% das pessoas pesquisadas, com idades entre 12 e 65 anos, preenchem critérios para a dependência do álcool. Os resultados desse levantamento indicam também que o consumo de álcool tem se dado em faixas etárias cada vez mais precoces sugerindo a necessidade de revisão das medidas de controle, prevenção e tratamento.

        Referências:
        http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080-62342009000600020&script=sci_arttext

        ResponderExcluir
      4. No que se refere à Reabilitação Psicossocial voltada aos usuários de álcool e outras drogas pouco se tem produzido sobre a temática e, segundo a literatura internacional, não há relação direta entre o conceito de Reabilitação Psicossocial e a prevenção ou tratamento de transtornos associados ao consumo de álcool e drogas. Portanto, para que a função da Reabilitação Psicossocial seja possível na atenção aos usuários de álcool e outras drogas,
        são necessárias discussões sobre as questões associadas às variáveis reais, ou seja, o serviço de Reabilitação Psicossocial, o significado do tratamento em si; os recursos disponíveis – humanos, comunitários e materiais e o contexto de vida do indivíduo. Dessa forma, percebe-se que a reabilitação, como dito na postagem é uma frente multitarefa, envolvendo empenho conjunto da família, da equipe de saúde, do governo e da sociedade.
        Fonte: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v43nspe2/a20v43s2.pdf

        ResponderExcluir
      5. O Brasil, como um membro da OMS, se apropria e segue as concepções adotadas por ela no que se refere ao sistema público de saúde de reabilitação de usuários de drogas. E, dessa forma, deve seguir diversas diretrizes, nas quais se estabelece que não existe tempo específico para o processo de desintoxicação, compreendendo o processo de reabilitação de usuários de drogas. O processo de desintoxicação deve ser compreendido como um quadro orgânico-social, nas quais medidas de inclusão social (ssistência pública social e psicológica que inclua esses indivíduos socialmente, seja em seus núcleos familiar, seja em sua comunidade de origem, seja na sociedade como um todo) e a ingestão de medicamentos psicoativos devem trabalhar em conjunto para um resultado positivo a longo prazo.
        Fonte: http://jornal-contexto.blogspot.com.br/2010/07/sistema-publico-de-reabilitacao-de.html

        ResponderExcluir
      6. É importante saber que existe uma diferença entre abuso e dependência de drogas. A dependência, ao que parece, tem uma reputação pior do que o abuso. De acordo com o Medline Plus, um problema com abuso de drogas é definido como o abuso regular de qualquer substância química incluindo o álcool ao longo de um ano, com consequências negativas. Estas consequências negativas podem ser financeiras, antipessoais, no trabalho, legal, relacionada à saúde, enfim qualquer coisa que muda a experiência do paciente do dia-a-dia para pior. A dependência de drogas, por outro lado, é definida por ADAM Enciclopédia Médica como uma situação em que o paciente requer doses regulares de sua droga de escolha, a fim de funcionar fisicamente e mentalmente e anseia a droga, concentrando-se em manter seu vício constantemente. É possível estar fisicamente dependente de uma droga sem ter um vício para a substância, mas quando o vício é um problema, as consequências negativas vivenciadas durante o abuso de drogas tornam-se irresistíveis, tornando impossível para o paciente manter relações com os outros, no trabalho, na escola ou na comunidade. Dessa forma, quando pensamos em reabilitação é preciso ter em mente que o objetivo é curar o vício de um dependente químico, mas que provavelmente terá também um histórico de abuso de drogas, por isso a utilização de ambiente social adequado no tratamento é tão importante na reabilitação quanto os tratamentos com medicamentos para diminuir a dependência.
        Fonte: http://sobriedade.comsaudebrasil.com/sample-page/reabilitacao-das-drogas

        ResponderExcluir
      7. Na atualidade, a constatação de que o uso de álcool e outras drogas tomou a proporção de um grave problema de saúde pública, no Brasil e no mundo, se deu pela comprovação da relação entre o consumo dessas substâncias e os agravos sociais que dele decorrem ou que o reforçam. O enfrentamento dessa problemática constituiu-se em uma demanda mundial, uma vez que a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 10% das populações dos centros urbanos do mundo faz uso abusivo de substâncias psicoativas, independentemente da idade, sexo, nível de escolaridade e classe social(3). No Brasil, o último levantamento domiciliar realizado nas 108 maiores cidades do país, evidenciou que o uso na vida de álcool foi de 74,6%, sendo que 12,3% das pessoas pesquisadas, com idades entre 12 e 65 anos, preenchem critérios para a dependência do álcool. Os resultados desse levantamento indicam também que o consumo de álcool tem se dado em faixas etárias cada vez mais precoces sugerindo a necessidade de revisão das medidas de controle, prevenção e tratamento.



        http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080-62342009000600020&script=sci_arttext

        ResponderExcluir
      8. Ao tratarmos da questão da reabilitação, também podemos discutir um tema polêmico nessa área: a internação compulsoria. Isso, pois as recaídas existentes em usuários de drogas fazem parte do quadro, porque os circuitos de neurônios envolvidos nas compulsões são ativados toda vez que o usuário se vê numa situação capaz de evocar a memória do prazer que a droga lhe traz. Além disso, se esperarmos avaliar a eficácia das internações pelo número dos que ficaram livres da droga para sempre, ficaremos frustrados: é preciso entender que as recaídas fazem parte intrínseca da enfermidade.
        Fonte: http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/internacao-compulsoria-2/

        ResponderExcluir